Aplicações biomédicas de nanofios de ouro

Terapias contra o cancro mediadas por nanopartículas e baseadas em hipertermia, especialmente quando aplicadas concomitantemente com quimioterapia e radioterapia, são abordagens promissoras com enorme potencial para melhorar a eficiência das modalidades atuais de tratamento. Neste contexto, a terapia fototérmica é uma técnica de tratamento local minimamente invasiva cujo objetivo é converter a radiação eletromagnética em calor através da estimulação de agentes foto-absorventes que são administrados ao corpo por via intravenosa ou intratumoral.  A luz laser na região do infravermelho próximo (NIR, Near InfraRed) é a fonte de energia utilizada nesta técnica e a transparência parcial dos tecidos biológicos nesta região espectral permite que os agentes fototérmicos transfiram eficientemente a energia absorvida na forma de calor. Nanofios de ouro (AuNRs, Gold Nanorods) além de serem eficientes como condutores de calor também são conhecidos pela sua biocompatibilidade e alta absorção de radiação eletromagnética na faixa NIR. O principal objetivo deste trabalho será realizar uma análise do desempenho de aquecimento dos nanofios de ouro (comprimento = 41 nm e diâmetro = 10 nm) durante a exposição à radiação NIR. Ao longo da experiência vários parâmetros podem ser considerados, incluindo: a potência do laser, a área de spot do laser, a concentração de AuNRs e o volume da solução aquosa na qual estes se encontram suspensos. Para quantificar e comparar as eficiências de aquecimento sob as diferentes condições experimentais, será utilizada a figura de mérito SAR, do inglês Specific Absorption Rate, que corresponde à potência dissipada por unidade de massa.