As Ferramentas da Astronomia Extragalática

Após o o grande debate ocorrido em 1920, entre Shapley e Curtis, nossa visão do universo passou a ser completamente distinta. Na época, questionava-se se existiam "universos ilha" (galáxias) que abrigariam independentemente estrelas ou se todas estas faziam parte de nossa própria galáxia, a Via Láctea. Com as descobertas de que existe gás e poeira no meio interestelar e das respectivas observações de Hubble, verificou-se que realmente existiam outras galáxias. Além disso, uma descoberta foi marcante: a de que o universo não era estático, mas sim que as galáxias estavam em movimento de afastamento umas das outras (Lei de Hubble). 
 
Vale ressaltar que todas estas descobertas foram feitas com a ajuda da análise da energia electromagnética emitida em função do comprimento de onda, ou seja da espectroscopia. Este será o tema central de nosso projecto, com os seguintes objectivos: 
 
I) Apresentar aos alunos os tipos de medidas realizadas corriqueiramente por astrónomos através da espectroscopia: Distancias, Movimentos, Lei de Hubble, Intensidade e Razões das Riscas de Emissão, etc... 
II) Descrever como essas medidas se relacionam com propriedades fundamentais de galáxias: Avermelhamento por gás e poeira, Composição Química, Densidade, entre outras. 
III) Fazer uso do que há de mais moderno hoje em Astronomia Extragalática: pesquisa online no banco de dados do Sloan Digital Sky Survey: http://cas.sdss.org/astrodr7/en/, o maior survey público de galáxias locais de toda história com cerca de 500 000 000 de imagens e 2 000 000 de espectros observados.