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Uma semana na Universidade do Porto - Relato de um dos participantes na 7ª Edição

Notícia publicada no jornal da Escola Secundária de Sampaio.

Uma semana na Universidade do Porto - Relato de um dos participantes na 7ª Edição

grafeno

Uma semana na Universidade do Porto


Fui passar as férias da Páscoa ao Porto e, quando fui ao Planetário, vi um cartaz que mencionava que, entre 28 de agosto e 2 de setembro, se ia realizar, na Universidade de Ciências do Porto, a 7ª edição da Escola de Verão de Física para alunos do 10º e do 11º. Pensei que seria uma oportunidade para conhecer melhor a Física (isto porque quero seguir astrofísica) e para conhecer pessoas da minha idade que tivessem gosto por esta área.

Consultei o site que constava do cartaz para saber mais sobre esta iniciativa e verifiquei que, para entrar, era necessário ter boas notas a Física, Química A e a Matemática e que só 90 alunos podiam entrar.

Ao pesquisar sobre outras edições, percebi que o curso era constituído por palestras dadas por físicos e pela construção de projetos. Os que eu queria mesmo eram os de astronomia e estava, sobretudo, interessado em dois cursos: um de Relatividade e outro de Mecânica quântica.

Acabei por me candidatar e, quando vi os alunos selecionados, estava lá o meu nome; pensei que iria poder escolher um projecto ligado à astronomia e conhecer gente fantástica. Tudo isso se verificou no dia da apresentação, exceto que os projetos eram sorteados e acabei por ficar num sobre o qual não sabia quase nada: varrimento a laser de um objeto.

Conheci, então, o meu grupo e o monitor com quem ia trabalhar nos cinco dias seguintes. Os grupos eram constituídos por quatro ou cinco alunos e um monitor. Como objeto a ser caracterizado tridimensionalmente pelo sistema de varrimento a laser, escolhemos um dos meus ténis (esse já conhecia bem).

Conheci também os monitores da Vértico que iam acompanhar os alunos, depois das 18h, até entrarem, no dia seguinte, na universidade.

A semana passou num abrir e fechar de olhos. De dia, era aprender e trabalhar no projeto e à noite a diversão continuava. Num dos dias, a seguir às 20h, a Vérticolevou-nos a dar uma volta pelo Porto; fomos a uma discoteca e ao Bowling. O mais giro foi o local onde os alunos dormiram, uma escola de transmissões, que, na realidade, era um quartel!

A Vértico foi sensível ao facto de, no dia antes da apresentação do projeto, alguns grupos não terem tido tempo para se preparar por completo e, por isso, precisarem de mais tempo. Levaram-nos, então, para um pavilhão desportivo e, quem quis preparar a apresentação pôde fazê-lo; quem já achava que estava preparado podia escolher entre jogar basquetebol, treinar tiro ao arco ou praticar jogos com corda. Eu e o meu grupo não precisámos de mais tempo e fizemos tudo o que podíamos fazer ali.

O último dia estava reservado para os grupos apresentarem os seus projetos aos outros alunos do curso, aos monitores, ao reitor, e ao grupo de pessoas que organizaram este acontecimento.

A meu ver, dificuldades não houve, porque o monitor do projeto ensinou-nos como devíamos programar no MatLab e aprendi a fazê-lo sem dificuldades. O problema, para mim, era a apresentação do projeto no último dia. Eu não sou muito bom nestas situações, mas acabou por correr tudo bem.

Em relação aos cursos, os professores eram muito bons, explicavam a matéria de uma forma clara, simples e faziam experiências. As palestras eram interessantes e de fácil compreensão. Aprendi muito, pois não sabia que a física tinha uma certa ligação com a medicina através da nanotecnologia. Achei fácil aprender tudo isto, mas foi essencial recordar a matéria de Física dada na escola.

Eu gostei de tudo e, apesar de a Vértico ter escolhido alguns jogos que não apreciei muito, percebi que todas as atividades estavam destinadas a trabalhar as relações de equipa, o que ajudou também a fazer amizades e a criar um grande espírito de grupo.

Um facto que quero destacar, pois achei-o muito importante, foi a última palestra que tivemos. Era sobre os vencedores do prémio Nobel da Física de 2010, que descobriram o grafeno. Soube que um grupo de cientistas portugueses esteve envolvido na mesma área de investigação e que esteve muito perto de ganhar o prémio Nobel da Física. Com muita alegria, ouvi a mensagem de incentivo para que a próxima geração de físicos portugueses ganhe um prémio Nobel.

Recomendo vivamente aos meus colegas da Escola Secundária de Sampaio a frequência deste curso. Não perdem nada, fazem amigos, aprendem muitíssimo e divertem-se imenso!

Carlos Miguel Callaty Garcia, 11ºA

 

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